domingo, 29 de julho de 2012

UM POUCO SOBRE ...


Henri Wallon (1879-1962)
















Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/henri-wallon-conceito-sincretismo-643155.shtml?page=1



Filósofo, médico, psicólogo e político viveu em um período histórico intenso marcado por 2 grandes guerras, diante desse quadro se interessou no trabalho com crianças com anomalias motoras e mentais, que também foi o tema de sua tese de doutorado. Criou um laboratório de ensino e pesquisa em uma escola. Daí surge seu interesse no desenvolvimento infantil, tanto escolar quanto social, num ponto de visto psicológico e também pratico. Em suas investigações estudou a psicomotricidade, os mecanismos da memória e o julgamento moral. Percebe depois que era importante estudar a criança em todas as suas manifestações, pois só a observação poderia mostrar seus problemas e esses problemas que possibilitam a observação delas, pesquisando as reações da criança em seu entorno.  Essa idéia subsidia seu pensamento e suas principais obras. Não entendi “a lição inaugural” de Wallon que fala sobre a psicologia e a educação. Em 1946 enviou com outras personalidades um Projeto de Reforma do Ensino para a Assembléia Francesa, mas o projeto não foi nem discutido. Essa reforma garantiria nas escolas o direito dos jovens a um desenvolvimento completo, baseado na psicologia dos jovens e o estudo de cada individualidade. O projeto organiza o ensino em diferentes níveis e ciclos, que vão do maternal até a universidade, incluindo também a formação de professores. Cada ciclo tinha as suas especificidades, mas visavam um ensino comum a todos e concomitantemente um ensino especializado para as diferentes aptidões e preferências. Assim o trabalho escolar deveria visar à cultura geral e a especializada. Havia também os órgãos de controle e aperfeiçoamento, sendo esse controle, pedagógico sobre os professores e psicológico sobre os alunos, que permitisse uma orientação aos estudantes. Defendia também a criação de um corpo de psicólogos escolares com qualificação psicológica e pedagógica.  Wallon reconhece a importância de Freud, mas como perigosa as concepções dele que mesclam o individual com o social, ao invés de os articular e de procurar dentro do individual a explicação do social. Wallon ainda criou uma revista (Enfance) sobre psicologia infantil, aonde tinha como objetivos à psicologia, pedagogia, neuropsiquiatria e sociologia intrinsecamente e com referências à educação. Mesmo com tantos feitos, Wallon ainda continua desconhecido. Teve uma grande preocupação com um melhor conhecimento da criança, das condições de seu desenvolvimento físico e psicológico e das exigências de sua educação e essa ligação entre as abordagens, pode ter sido mal compreendida. O professor em sua visão devia ter noção de suas responsabilidades e tomar partido dos problemas de seu tempo. Mas não cegamente, mas à luz do que sua educação e sua instrução lhe permita fazer.

Síntese feita por Maíra Saporetti Carvalho

terça-feira, 17 de julho de 2012

Narrativa e História em Quadrinhos


  fonte:http://mqtmsempre.blogspot.com.br/2012/05/tirinhas-turma-da-monica.html

Narrativa


O que é?

Narrar: expor minuciosamente uma série de fatos reais ou imaginários. (Dicionário Aurélio, 2006)A narração é um texto dinâmico, que contém vários fatores de dependência que são extremamente importantes para a boa estruturação do texto. Narrar é contar um fato, e como todo fato ocorre em determinado tempo, em toda narração há sempre um começo um meio e um fim. São requisitos básicos para que a narração esteja completa.Enredo: trata-se da ação da narrativa, da sucessão de fatos, vivências, situações.

  Partes do Enredo:


INTRODUÇÃO: Começo da história, que deve conter informações já citadas acima, como o tempo, o espaço, o enredo e as personagens.
DESENVOLVIMENTO: Nessa fase você vai relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes relevantes para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério, que se desvendará no clímax.
CLÍMAX: é o momento chave da narrativa, de maior tensão, aonde o conflito chega ao seu ponto máximo.
DESFECHO: é a solução dos conflitos, conclusão da narração, onde tudo que ficou pendente durante o desenvolvimento do texto é explicado, e o “quebra-cabeça”, que deve ser a história, é montado.
§  TEMPO: O intervalo de tempo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um tempo cronológico, ou seja, um tempo especificado durante o texto, ou um tempo psicológico, onde você sabe que existe um intervalo em que as ações ocorreram, que acontecem numa ordem determinada pelo desejo ou pela imaginação do narrador ou dos personagens.
§  ESPAÇO: O espaço é imprescindível, e deve ser esclarecido logo no início da narrativa, pois assim o leitor poderá localizar a ação e imaginá-la com maior facilidade.
§  PERSONAGENS: São os indivíduos que participaram do acontecimento e que estão sendo citados pelo narrador. Há sempre um núcleo principal da narrativa que gira em torno de um ou dois personagens, chamados de personagens centrais ou principais (protagonistas).
  NARRADOR: É quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, o qual por participar da história é chamado narrador-personagem, ou em terceira pessoa, o qual não participa dos fatos, e é denominado narrador-observador.


História em Quadrinhos


            É um tipo de narração que tem como recurso fundamental a imagem, representa aspectos da oralidade e reúne os principais elementos narrativos, apresentados com o auxílio de convenções que formam o que pode ser chamado de linguagem dos quadrinhos.

Características:BALÕES- Criados especificamente para as histórias em quadrinhos (HQs), os balões possuem vários tipos, sendo os principais: de fala, de pensamento de ira,de berro, de sussurro,etc. Neles são escritos os pensamentos e as falas dos personagens. O desenho deles é bem variado, mas em geral os de fala possuem um "rabinho" em direção ao personagem falante.
ONOMATOPÉIAS- São palavras ou junções de palavras que imitam a voz de animais ou ruídos de objetos. Ex: BUUM!!! (explosão), CRI_CRI!! (grilo), TOC-TOC! (batendo à porta), TIC-TAC! (bater do relógio). Embora sejam outro elemento exclusivo da linguagem das HQs, as onomatopéias são passíveis de criação livre.
RECORDATÓRIOS- É um tipo de balão usado especificamente para a narração. Não possuem "rabinho" em direção a personagens. Exemplos: "Enquanto isso..." e "No dia seguinte...
 QUADROS- Eles delimitam o enquadramento das cenas de uma HQ. Podem ser variáveis em tamanho e formato, de acordo com a necessidade da cena a ser desenhada.
INTERJEIÇÃO- Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Ex: AiAiAi! Machuquei meu pé .


Narrativa e História em Quadrinhos

  É um gênero textual interessante para se trabalhar a narrativa, pois a criança pode vivenciar e experienciar a existência de diferentes gêneros dentro de um mesmo tipo textual .
§  O quadrinho sendo uma narrativa com linguagem fixa, a constituição de uma história em quadrinhos implica na seleção de momentos-chave da história para utilização expressa na narrativa gráfica.
§  A História em Quadrinhos pode ser utilizada de forma interdisciplinar,  proporcionando  um enriquecimento em sua utilização.
§  Palavras e imagens juntas, ensinam de forma mais eficiente. Possibilitam um maior interesse do aluno, aguçando sua curiosidade, pensamento e imaginação. Podendo também desafiar o senso crítico do aluno (se lhe for proporcionado reflexões críticas).
§  As HQ auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura e ampliam o vocabulário do aluno

 Para utilizar também o computador:


 Hagaquê


 É um software educativo de apoio à alfabetização e ao domínio da linguagem escrita. Trata-se de um editor de histórias em banda desenhada (BD) gratuito.





Referência Bibliográfica:OLIVEIRA , Bruno Silva de. Histórias em quadrinhos como recurso metodológico para o ensino de língua portuguesa1.
RAMOS, Paulo & VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em     quadrinhos na sala de aula. – 3. ed., 3ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2009FERREIRA,Marina. Redação : palavra e arte. 2 ed. SP. Ed. Atual,2006 Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa – Brasília: 1997.